Entre 7 e 10 anos de idade, as crianças se encontram no período que se denomina Idade de Ouro da Infância, pois é a fase em que a aprendizagem de habilidades motoras está no auge do seu potencial de desenvolvimento, um período considerado crítico para a aprendizagem motora. Nessa fase, as crianças apresentam grande entusiasmo, são dinâmicas, alegres e apreciam o movimento (WEINECK, 1999).
Elas apresentam ganhos de coordenação motora significativos. E há o potencial para a aprendizagem das principais habilidades envolvidas na Capoeira, desde as mais básicas até aquelas mais complexas.
Ou seja, a prontidão física das crianças nessa faixa etária é ideal para a aprendizagem das técnicas básicas dos principais movimentos da modalidade (FREITAS, 1997).
Outra característica fundamental deste período, e que deve ser considerada no ensino da Capoeira, é o gosto das crianças por tarefas que representem desafios (MEINEL; SCHNABEL, 1987) e que estimulem outras dimensões, e não apenas a motora. O elemento desafiador é importante na manutenção dos níveis de motivação e podem ter impacto sobre as decisões futuras em respeito ao envolvimento com atividades físicas e práticas esportivas.
A Capoeira é uma modalidade extremamente rica em recursos pedagógicos, pois seu contexto relaciona elementos corporais, rítmicos, musicais, históricos e culturais. Provavelmente, a combinação desses elementos em uma única atividade é o que faz da Capoeira uma atividade física tão singular e que desperta, sobremaneira, o interesse das crianças nessa faixa etária (SILVA, 1993).
É importante salientarmos que a Capoeira apresenta dois principais estilos: a Capoeira Angola e a Capoeira Regional. Os principais elementos históricos associados à Capoeira são: o navio negreiro, a escravidão, a senzala, o feitor, o Capitão do Mato, o Senhor de Engenho, os escravos, O Quilombo dos Palmares, Zumbi e Gangazumba (SILVA, 1993)
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